Cuba – É Tudo Isso Mesmo ?

Política

Por Laura Costa

Cuba é realmente tão pobre quanto os EUA nos faz acreditar? É realmente um lugar ruim para se viver?
Cuba é – na minha opinião – um lugar horroroso. E não é porque não tem shopping ou porque é paraíso dos esquerdistas. É porque – na minha opinião – é um lugar horroroso mesmo. Eu não amaria viver em Cuba, mesmo como estrangeira e com posses superiores aos locais porque eu não gostei do lugar, só isso. Não passa por ideologias. Não é a respeito disto que baseio minha resposta, mas do que vi, do que senti, do que presenciei.

Moeda Cubana

Você já esteve lá?

Tem o carimbo no seu passaporte como eu tenho?

Foi como turista de pacote ou como viajante? Porque tem muita diferença, e como!

Já começa pelo clima, que é equatorial, quente, úmido demais, sensação de sauna garantida. Ruas estreitas ou avenidas largas, todas esburacadas, e casas decadentes no sentido literal da palavra, que podem cair a qualquer minuto, e nem as praias são lá grande coisa, como costuma ser no Caribe, e ainda com direito a tubarões que, diga-se de passagem, existem em toda a região caribenha.

Povo “maravilhoso“, saúde e educação?

Alunos de uma escola de Havana

Sei de há muito que realmente a educação e a saúde em Cuba atingem graus muito superiores aos demais países das Américas Central e do Sul, já quanto ao “povo” como um todo seria preciso uma convivência muito mais longa e intensa para formar uma opinião, e mesmo assim, sem romantizar nada. Ser “maravilhoso” não é apanágio de povo nenhum; existem pessoas incríveis e pessoas péssimas em igual distribuição no globo inteiro.

 

Músicos cubanos

Para o turista mauricinho, aquele que vai pelo pacote comprado na agência, all inclusive, existe uma outra Cuba. Nos hotéis você encontra de tudo, tem ar condicionado, tem a melhor comida, a melhor bebida, não falta nada, te levam para ver os velhinhos cantando e tocando, as mulheres vendendo charutos, os shows de salsa, a casa do Hemigway… mas não foi essa a Cuba que eu visitei.

 

 

Na Cuba real você não consegue dar dois passos sem ter alguém te pedindo alguma coisa – qualquer coisa – ou oferecendo serviços sexuais em troca até de um sabonete, a famosa jineteria.

Jinetera

Eu vi como a população vive, os desafios diários, as horas intermináveis nas filas imensas para receber um pão. Ter que escolher entre duas ou três galinhas magrelas qual matar para servir de almoço e ganhar clandestinamente um dinheirinho extra. Acampar por meses diante dos consulados para tentar um visto para visitar um parente que conseguiu fugir (sim, só se sai de lá fugido, se não tiver autorização do governo). No aeroporto existem cabines minúsculas onde você entra e fecham-se as duas portas, o funcionário fica do outro lado e olha para a sua cara, no meu caso, para meu pulso, dizendo: “que pulseira linda…” sem me liberar. Você faria o que?  Tem quem goste.

OBS.: Apareceram vários “comentaristas” dizendo que a culpa é “do embargo“.

 

Ah, por favor, gente, vá estudar!

Que mania mais chata de ficar dando palpite na internet sem ter o menor conhecimento! Sabem por acaso por que o embargo aconteceu? Acham o que, que os americanos estavam entediados e pensaram: “Ah, tá chato hoje, vamos embargar um país?”

“Vamos!”

“Qual?”

“Que tal tirar a sorte no palitinho, John?”

Mais leitura, por favor!!!


Texto de Laura Costa. Não foi possível contatá-la para autorizar ou não este post. Caso necessário ele será removido.

As opiniões da autora não são, necessariamente, as do Cartas Abertas.

Nota de Renzo Grosso: Eu apenas publiquei aqui as impressões dadas pela autora. Existem coisas horríveis em qualquer lugar do mundo. Qualquer um ! A ideologia, seja qual for, é sempre vista com uma forma de protesto pelo opositor e é impossível qualificar, esta ou aquela ideologia, como boa ou ruim. Fica a critério do leitor.

Não consegui contato com a autora e nem mesmo um e-mail ou qualquer coisa que fosse possível contatá-la. Deixo aqui o depoimento dela e, caso seja necessário, retirarei o post.

OBS:  Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, de 2007, quatro cubanos pediram asilo ao Brasil.  Na época, o presidente do Brasil era o Lula.  Ele os dedurou e Fidel mandou um avião para buscá-los.   Dois deles foram repatriados e eram os lutadores Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux (bicampeão olímpico em 2000 e 2004) .  Os dois fugiram de Cuba (novamente) anos depois e foram para Miami, nos Estados Unidos, onde estão na condição de refugiados.  Lázaro Lamelas, arrumou trabalho como técnico em Americana (SP), onde reside até hoje com a mulher.  Rafael Capote seguiu carreira na Europa após a deserção. Naturalizou-se qatari.

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