O Alerta A Putin Sobre A Guerra Na Ucrânia

Política

Há pouco tempo atrás, ele falava mal da OTAN. Agora, esse general russo aposentado fala mal da própria Russia.

Em 7 de fevereiro de 2022, um general russo aposentado alertou Vladimir Putin para não entrar em guerra com a Ucrânia, acusando o líder de fomentar um conflito “artificial” para distrair seus problemas internos. Em outras palavras, Putin pensou que a guerra desviaria a atenção da economia russa.

Putin – Presidente da Rússia

O coronel-general Leonid Ivashov, de 78 anos, escreveu uma carta aberta intitulada “Às vésperas da guerra”, criticando a “política criminosa de provocar uma guerra” de Putin, apesar de a Rússia não enfrentar nenhuma “ameaça crítica”.

Ivashov, que se aposentou do serviço militar depois de ser demitido em 2001, atua na política como presidente da Assembleia dos Oficiais Russos. Anteriormente, ele era o chefe da cooperação militar no Ministério da Defesa de Putin.

Ivashov postou uma carta aberta no site da assembleia dizendo que teme que a Rússia se torne um “pária da comunidade mundial” no caso de uma invasão e pede que Putin renuncie. E que carta. A Rússia, e especialmente Putin, são hoje os maiores párias do mundo.

O general condecorado não era moderado, mas um dos generais mais respeitados e agressivos do Ministério da Defesa russo. Ele é conhecido por ser um nacionalista linha-dura que ainda defende o sistema soviético e é próximo dos remanescentes do Partido Comunista.

Helsinki (Finland), 13/07/2023.- US President Joe Biden  – EFE/EPA/IDA MARIE ODGAARD DENMARK OUT

Conforme já dito anteriormente, ele foi demitido por Putin em 2001 e se tornou um crítico feroz do presidente russo – pedindo sua renúncia em várias ocasiões por ser muito brando e por proteger uma elite corrupta às custas do público, acusando-o de “crimes contra a Rússia”.

Seu último discurso demonstra que há pelo menos alguma oposição dentro da Rússia a uma guerra com a Ucrânia. Uma petição foi assinada por 5.000 cidadãos pedindo a Putin que ponha fim ao conflito.

Ivashov disse: “Quanto às ameaças externas, elas certamente existem. Mas, de acordo com nossa avaliação de especialistas, elas não são críticas no momento, não ameaçam diretamente a existência do estado russo e seus interesses vitais.”

E continua: “Portanto, a situação explosiva em torno da Ucrânia é principalmente artificial e útil para algumas forças internas, inclusive na Rússia.”

Em outras palavras, é a própria Rússia que cria a necessidade de uma invasão. Não de fontes externas.

E ratifica que a OTAN não é uma ameaça crítica. A UE não é uma ameaça crítica. A Ucrânia não é uma ameaça crítica. Os Estados Unidos não são uma ameaça crítica.

Não sei se ele ainda mora na Rússia, mas sua voz faz bastante eco contra as decisões de Putin, que lembram a de Hitler na Segunda Guerra. Os dois se consideram mais capazes que seus estrategistas de guerra e as coisas estão indo por água abaixo.

Xi Jinping – Secretário Geral do PC Chinês

Putin deveria seguir Xi Jinping, o presidente da China, e procurar influenciar os países menos desenvolvidos do planeta, como a África e América do Sul. Ele até poderia usar o BRICS como uma forma de se opor à OTAN, que já conta com a China e Índia, além de vários outros que estão sendo incluídos no bloco. Com os novos associados, o BRICS já passou a OTAN em vários números importantes (fonte, CNN):

 

 

72% dos minerais de terras raras
75% do manganês
42% do petróleo no mundo
50% do grafite
28% do níquel
E ainda tem o lítio e muito mais.
Representam 1/3 da população do mundo
Representa 25,5% do PIB mundial (mais de 30 trilhões de dólares)

E ainda nem consideramos o poderio militar total.

Exército da Hungria em guarda para proteger a ida de ucranianos para a Hungria –  25de fevereiro de 2022. REUTERS/Bernadett Szabo

A OTAN é apenas um escudo. E esses países que fazem parte dela ainda não notaram isso. É muito dinheiro que entra na falsa forma de proteção que esses países oferecem em caso de nova guerra. Caso isso aconteça, teremos mais um conflito destruindo a Europa. Ou seja, nada de novo.

 

Texto de Renzo Grosso, CNN e outros

 

 

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