Vale de Hunza – Vida Longa e Próspera

Cotidiano

Imagine você com 85 anos de idade, mas parecendo que tem apenas 45. Seria legal, não? E mulheres que têm filhos depois de idosas sem sofrer nenhum problema com isso, o que acha disso? Parece utopia, conto de fadas? Nada disso! Isso — e muito mais — é normal para os habitantes do Vale de Hunza.

Situado nas montanhas do Himalaia, no extremo norte da Índia, entre a Caxemira, Índia e Paquistão, o local chamou muita atenção quando, em 1916, alguns ingleses que faziam a atualização do mapeamento da região descobriram este pequenino reino incomum, que logo foi apelidado de “Jardim do Éden” na Terra.

Os especialistas acreditam que o consumo regular de um certo pão especial (veja a receita clicando aqui)  tem influência direta no fato de um Hunza de 90 anos ainda conseguir fecundar uma mulher, o que, no Ocidente, uma bela proeza. O chapatti (carinhoso apelido ocidental desse pão) contém realmente todos os elementos essenciais, pois na sua composição entram a farinha de trigo integral, incluindo o gérmen da semente e as farinhas de cevada, de trigo mourisco (sarraceno) e de milho miúdo.

“É importante ressaltar que para o povo Hunza não existe a aposentadoria, as pessoas mesmo com idade avançada, além do respeito com que são tratadas continuam em suas plenas atividades. Os idosos são alvo de uma grande admiração por parte dos jovens. Em vez de interromperem bruscamente as suas atividades, eles optam por modificar gradualmente a natureza das mesmas, o que, de resto, não os dispensa sequer das atividades físicas às quais se entregam até uma idade avançada”, segundo um certo livro referência.

Infelizmente o autor não lança nenhuma hipótese para o que está acontecendo em Hunza, exceto o convite para imitarmos o quanto possível a alimentação e o estilo de vida deste povo. Como já ressaltamos, dieta ou estilo de vida não explica a grande longevidade sem doenças encontradas nestas regiões, entretanto, esses preceitos são de enorme importância para uma vida com qualidade.

São apenas 30 mil habitantes em um vale paradisíaco com 2.500 metros de altitude, nas montanhas do Kush Hindu, que falam um idioma próprio (o Burushaski) sem relação com nenhum outro existente.

Os habitantes ganharam fama por serem um povo feliz, simpático, sempre alegre e ativo, em que diversas pessoas vivem tranquilamente com mais de 110 anos de idade — alguns chegam até mais de 120 —, e com um detalhe fundamental: sem sofrer doenças graves nem problemas sérios de saúde — praticamente um milagre nos dias atuais.

De acordo com o médico escocês, Dr. Mac Carrisson, que descobriu esse pessoal por curiosidade e acabou convivendo com eles por sete anos, o segredo da saúde em Hunza está na alimentação de seu povo, sempre a base de cereais integrais, frutas (principalmente o damasco, considerado sagrado na região), verduras, castanhas, queijo de ovelha e o inusitado pão de Hunza, sempre respeitando uma restrição calórica de 30%.

Porém, com uma diferença: tudo 100% orgânico, sem vitaminas sintéticas (produzidas em laboratórios), assim como os agrotóxicos e adubos químicos, que são extremamente comuns em boa parte do globo e acabam matando o organismo humano ao longo de uma média de 75 anos, o que explica o crescente número de casos de câncer e AVC no planeta.

Além disso, os Hunza só tomam duas refeições por dia, sendo que a primeira acontece só ao meio-dia. Ou seja, eles passam boas horas em jejum, mas nunca parados, agindo como sedentários, e sim com diversas atividades físicas. A carne não é totalmente cortada na dieta, mas é comida apenas em ocasiões especiais, e sempre em pequenas quantidades.

 

Era uma vez um paraíso…
O Vale de Hunza é governado pelo rei Jaman Khan, um monarca que adora mergulhar em montanhas de dinheiro e acabou deixando que ingleses e americanos fossem para lá a partir da década de 1920, iniciando a destruição deste paraíso na Terra.

Com isso, a criançada largou boa parte dos velhos costumes e passou a comer hambúrguer freneticamente, tomar refrigerantes e se preocupar com formação acadêmica tradicional, se tornando apenas um “gado da matrix“. Atualmente, existem diversas escolas inglesas nos vilarejos de Hunza, como Chapursan, Tajik ou Sust, onde as crianças aprendem a serem “civilizadas” pela máquina do sistema.

Sendo assim, as pessoas passaram a morrer mais cedo de umas décadas para cá, com apenas 70 ou 80 anos em média. Hoje em dia, são bem poucas as famílias que ainda mantêm a tradição original de longevidade que marcou o povo de Hunza durante sua história, infelizmente.

Em 1996, um jornalista do New York Times chamado John Tierney também resolveu tirar essa história da suposta longevidade dos hunza a limpo, e foi conhecer pessoalmente aquele povo. Depois de alguns meses com eles, Tierney chegou a outra conclusão, que ajudou a desmitificar de vez a suposta longevidade hunza: eles não contam os anos como nós fazemos e não têm certidão de nascimento. Logo, os registros deles são bem pouco confiáveis, com erros de contagem de tempo de até uma década ou mais.    E, mesmo assim, essas conclusões não chegaram a ser analisadas ou comprovadas com isenção.

Mas, é bom lembrar que, diferentemente dos hunza, há grupos humanos que, esses sim, desafiam os anos, sendo muito longevos e saudáveis. Trata-se dos japoneses de Okinawa, dos italianos da Sardenha e dos adventistas do sétimo dia de Loma Linda, na Califórnia. Esses já foram estudados por pesquisadores e até estamparam capas de revistas, como a National Geographic. O que eles têm em comum? Estilo de vida saudável. No caso dos adventistas, o vegetarianismo, a solidariedade e uma vida ativa foram os fatores apontados como promotores da vida longa e saudável. Entre eles, há centenários que até renovam a carteira de motorista!

Bem… Essa história de vida longa dos Hunzas veio do início do século XX. E esse jornalista esteve lá 90 anos depois para verificar o que talvez não desse mais tempo de ser verificado.

Não dá pra saber o que era e o que não era verdade.

Fonte: site criacionismo.com.br e outras publicações.

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