Roland Garros e Santos-Dumont
Em 10 de dezembro de 1909, o francês Roland Garros comprou o último avião criado por Alberto Santos-Dumont: o Demoiselle. Garros era esportista (praticava ciclismo, rúbgi e tênis) e admirava os inventos e conquistas de Santos Dumont, com quem fez amizade.
Em 1909, comprou o último modelo feito nas oficinas do brasileiro para aprender a voar. Em pouco tempo, tornou-se um ás na aviação, conquistando diversos prêmios em eventos aéreas. Foi, inclusive, o primeiro aviador a atravessar o mar Mediterrâneo em um avião, realizando o primeiro voo intercontinental. Durante a Primeira Grande Guerra, executou diversas operações aéreas com sucesso.
Estava trabalhando no aperfeiçoamento de uma invenção de acoplar uma metralhadora na parte da frente do avião, sincronizando os tiros com o movimento das hélices, quando foi capturado pelos alemães. Seu invento foi copiado e aperfeiçoado por Anthony Fokker, um holandês que fabricava aviões para os alemães. Garros faleceu em uma missão aérea, quando foi abatido, em 1918.
Apesar de nunca ter jogado tênis profissionalmente, quando a Federação Francesa de Tênis resolveu construir um estádio para abrigar as partidas, Roland Garros foi homenageado, tornando-se sinônimo do famoso torneio de tênis.
Curiosidades:
– Anthony Fokker foi o fundador da fabricante de aviões Fokker (lembram dos aviões Fokker-100?).
– Por conta da amizade com Santos Dumont, Roland Garros passou uma temporada no Brasil, entre 1911 e 1912, quando participou de eventos de aviação, inclusive de uma “corrida” aérea junto com um aviador chamado Edu Chaves (aquele que dá nome a um parque e a um bairro em São Paulo), com quem fez grande amizade.
– Na cidade de São Paulo, no bairro de Vila Medeiros, coincidentemente, tem um cruzamento onde a Av. Edu Chaves se encontra com a Av. Roland Garros!
NOTA: Kuerten venceu 3 vezes o torneio. Ele desenhou um coração no saibro com a raquete e deitou dentro dele. O tenista Djokovic fez o mesmo, imitando Guga, muitos anos depois (só não deitou no saibro). Novak Djokovic tinha acabado de vencer Rafael Nadal e se tornado campeão do Masters 1000 de Roma, neste domingo. Foi à rede cumprimentar o adversário e o árbitro. Levou os braços ao céu, mandou beijos para a torcida e em seguida desenhou um coração no saibro. Referência imediata a Gustavo Kuerten, que fez o mesmo quando conquistou o título de Roland Garros em 2001 – único torneio de Grand Slam que ele venceu.
Texto de Renzo Grosso e adaptações de publicações
